05/06/10

O problema é apenas com os mosquitos?







A acreditar num Criador, seja qual a doutrina que se siga ou, por outro lado, sendo ateu ou arraigado defensor da teoria do BIG-BANG… em qualquer das situações, todos deveríamos saber, a esta altura do campeonato, que este globo de rocha e água que habitamos no espaço, assim como os bens mais preciosos que o povoam que não somos nós! – infelizmente e ao contrário das mais optimistas crenças, NÃO SÃO ETERNOS!

Toda a vida que habita o nosso mal-amado planeta completa-se, tornando-o numa grande cadeia em que os elos são cada um dos seres animais e vegetais por esta Terra espalhados.

Nós, os que acreditamos que o mundo foi criado especialmente para nos render vassalagem, entendemos que a existência animal que interessa vai pouco além do canário que mantemos trancafiado numa gaiola lá em casa para nos en-cantar e do macaco que se agarra às grades duma jaula no jardim zoológico para nos entreter nas tardes de domingo.
E assim, seguimos na vida com a displicência de quem ainda não tomou consciência do quanto os próprios actos, mesmo que inocentes, têm sido prejudiciais a toda a vida do planeta.
Somos muitos a não querer lagartas a devorar-nos as flores e as alfaces e a nos valermos de pesticidas. E, envolvidos na guerra contra as lagartas, nem nos temos apercebido que, graças à eficiência desses pesticidas, as abelhas e as joaninhas têm sumido dos nossos jardins, voando rumo à extinção. E isto, sem nos darmos conta do quanto são vitais para nossa própria existência.

Se quiser, leia aqui e aqui.

Paralelamente, alguns de nós, por razões miseráveis, vão sendo os causadores do abate massivo de florestas, alterando ou destruindo ecossistemas inteiros. Sim, porque uma floresta é uma cadeia de vida: com toda a diversidade de vegetação e animais vertebrados e invertebrados. Todos a viver numa interdependência total que dá pelo nome de cadeia alimentar, em que a perda de um dos elos faz toda a diferença para o resto dos intervenientes:

“Era uma vez um peixinho pequenino que é comido por um peixe maior, que é comido por um peixão…”

Com este desenfreado abate, vivemos na iminência de assistirmos à extinção de grande parte de nossas florestas, que, para além de serem o pulmão do planeta, também interferem com o ciclo das águas.
Pode ler aqui.


“Mas… Estou tão longe. Não me irá afectar, com certeza!” – lógica de alguns de nós que acreditamos piamente que, estando geograficamente longe do problema, esse não nos afecta.

Imaginemos, então, a título de mero faz-de-conta: uma espécie de mosquito daqueles lá da África mais remota que, fazendo parte da dita cadeia alimentar de outra espécie animal exterminada, já não tem um predador que mantenha o equilíbrio. Por consequência, a sua quantidade aumenta sobremaneira, havendo uma superpopulação de mosquitos que buscando novos pousos, vem por aí em debandada a invadir o mundo... finalmente chegando até nós.

E uma noite… estamos nós, inocentes criaturas que nunca fizemos mal a uma mosca, a dormir como anjos despreocupados em nossa cama … quando somos, sem aviso prévio, devorados por um bando de mosquitos, esfomeados depois da longa viagem.





O nosso silêncio e a nossa passividade fazem-nos cúmplices do crime


Criado pela Assembleia geral das nações Unidas em 1972, o Dia Mundial do Ambiente é celebrado a 5 de Junho, com o intuito de alertar o Homem para as questões ambientais.



2010 é o ano em que se tenta chamar a atenção para a importância da preservação da BIODIVERSIDADE em todo o mundo.



Para informações interessantes, aceda aos links:

http://www.parquebiologico.pt/ver_outros.php?tipo=2&id=14
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/bem-vindos-ao-ano-da-biodiversidade/blog/1215