Que venha a Morte...
Que venha ela,
a destemida!
A certeira!
Que me trague
de uma só vez,
como o experiente bêbado
encostado
ao balcão da tasca
traga, dum gole só,
a intragável cachaça.
Que venha ela!
E me leve
dos horrores
que me afligem.
Que me leve
das angústias
das angústias
que me torturam
a ressequida alma.
Que venha, então!
Aguardo-a eu,
impávida,
pois que
já nada há a temer.