O dia 20 de Março deste ano vai ser no próximo Domingo.
Para quem não sabe ou não se lembra: foi o dia escolhido pela ONU para chamar a atenção para a natural aspiração dos seres humanos à felicidade.
Passou a ser celebrada desde 2013 - ainda muito recente, portanto - depois da proposta aprovada, por unanimidade por todos os estados-membros da ONU que reconheceram que a felicidade das pessoas deve ser um dos objectivos a atingir pela política de todos os governos.
Não espera a ONU que se espalhem cartazes alusivos à boa-disposição espampanante e decorados por sorrisos fáceis, nem que se ergam as taças e se façam brindes à alegria de selfies.
Penso que não.
Mas espera consciência para que, quando da adopção de diversas medidas político-sócio-económicas, se procure um desenvolvimento sustentável e maior equilíbrio da sociedade.
Estamos bem longe disso, mas é um dos meios para fomentar esse pensamento. Tenhamos fé.
O mais curioso é que o assinalar da data nasceu da sugestão de um pequeno país chamado Butão, país de que pouca gente tem conhecimento.
É um pequeno reino que fica bem perto do céu, nos Himalaias, entre a China e a Índia.
Maioritariamente budista e tendo como segunda religião o Hinduísmo, tudo doutrinas com filosofias de vida muito diferentes das dos ocidentais.
Esse pequeno país, que ultrapassou a sua origem um tanto atribulada, que tem uma economia - baseada na agricultura de subsistência e pouco mais - que é considerada das menos desenvolvidas no mundo, é tido como o país da felicidade.
E seu povo considera a felicidade a maior prioridade desde que, na década de 1970, subiu ao trono um jovem de 18 anos que proclamou que a Felicidade Interna Bruta ( FIB ) teria mais importância do que o Produto Interno Bruto ( PIB ).
Isto porque, segundo o jovem rei, o objectivo da vida não deveria ser limitado a produzir, consumir e produzir mais.
Não. Defendia que as necessidades humanas vão muito mais além do que bens materiais.
O rei sonhou.
Não será uma sociedade perfeita, mas, talvez por estarem envolvidos pela exuberância natural que sabem proteger e ali, tão próximos do céu, facto é que o povo afirma que é feliz.
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