24/05/10

Quando acontece...

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Faz de conta que vais ao médico e, depois de exames e mais exames, de um procura daqui e investiga dali, de dúvidas dacolá, de experiências com medicamentos de um lado e de outro e de um este não surtiu efeito, experimenta-se aquele… ainda é necessário repetir aquele exame médico que tu havias jurado nunca mais voltar a fazer!

Exactamente.




- Vai repetir sim. – garante o médico. Aliás, corrigindo: Senhor Doutor Fulano! Ah, pois é! O dito senhor doutor te manda fazer e refazer exames levados da breca, que nem ao diabo se deseja e tu ainda tens que entender que é para teu próprio benefício.
Ora bem, bem vistas as coisas, o médico não tem culpa de lhe apareceres à frente a te queixares de umas esquisitices mal explicadas que geram resultados duvidosos nos relatórios dos exames de diagnóstico.
Valha-te Deus! Não podias ter ficado por umas básicas dorzitas na barriga, bem demarcadas à esquerda ou à direita, para simplificar o diagnóstico? Não.


E nisto

14/05/10

Valha-nos o egocentrismo!


O ser humano é uma criatura, por sua própria natureza, egocêntrica.
Mas não entendamos isso como um factor negativo. Não.
O egocentrismo, é com certeza, um presente de Deus, na sua indubitável sabedoria, para nos poupar ao sofrimento.
Deu-nos essa capacidade como uma mais-valia para nossa própria sobrevivência.
O egocentrismo deixa-nos crer, efectivamente, que somos especialmente protegidos em detrimento dos outros.
O egocentrismo dá-nos a absoluta certeza de que, por pior que seja a situação, nos safaremos sempre.
Porque a vida NOS PERTENCE.


Estamos acostumados a consolar os outros nas suas perdas.
Estamos acostumados a ver os outros a morrer.
Estamos acostumados a seguir ATRÁS do morto. Sempre.
E, por mais que ela se aproxime a rondar-nos, é simplesmente inconcebível a nossa própria morte.
Imaginarmos este corpo com que convivemos desde os primórdios de nossa existência e que faz parte do nosso SER, inanimado, morto para todo o sempre… … …

Não nos peçam tal.

Sou capaz de arriscar que, no momento exacto da passagem do estado de vivo para o de morto, ainda aí, nesse instante, a consciência da morte teimará em se esconder atrás de um sonho mau e julgaremos estar diante de um pesadelo, nada mais para além disso.
Não faz parte da nossa realidade.
Não estamos programados para semelhante.
Porque Deus nos programou para uma fé inabalável na vida.
Porque é fundamental à nossa sanidade e à nossa luta pela sobrevivência que nos alheemos e que não nos encaixemos nessa etapa natural do ciclo da vida. 

Penso que podemos concluir que os que ousam colocar de lado esse essencial egocentrismo são seres de uma extraordinária capacidade espiritual, pertencendo a um nível superior ao da esmagadora maioria dos comuns e alcançaram uma luz pacificadora desconhecida dos demais, ou, pelo contrário, não passam de seres sofredores, às custas do conhecimento que obtiveram indevidamente, para o qual não estavam, de todo, preparados.

Pois então, mais valia estarem quietos e não se porem a questionar e a querer entender o que não lhes pertence entender.
Pois que, se Deus nos fez assim, um tanto obtusos e não nos deu a enciclopédia toda, foi por que lá entendeu que assim seríamos mais felizes.
E, como diria minha sábia avó, “a fé é que nos salva”.

09/05/10

MÃE



Mãe foi feita para acudir a Deus, que precisava de alguém para zelar e amar as
criaturas que Ele ia pondo no mundo.
Então a Mãe foi criada com uma capacidade de amar infinita.
A Mãe foi criada com uma força de leoa brava para proteger sua cria, dando, se preciso for, sua própria vida.
A Mãe foi criada com a capacidade única de rir quando sua vontade é chorar, só para dar alento a seu filho.
A Mãe foi criada com uma paciência enorme, do tamanho da estupidez do filho.
A Mãe foi criada para resistir à judiação do próprio filho.
A Mãe foi criada com um coração-esponja, para enxugar, para além das suas, também as lágrimas do seu filho pródigo.
E foi abençoada com uma generosidade sobre-humana capaz de perdoar sempre mais uma vez…
E é Mãe sempre, mesmo quando zangada, mesmo quando grita em altos brados, mesmo quando renegada.
É Mãe como só uma Mãe sabe ser.