Eu vim de longe
há tanto tempo,
que nem bem sei
se vim,
ou se sonhei.
Terá sido sonho
ter vindo de onde vim?
Ter vivido o que vivi?
Ter visto o que vi?
Terá sido nesta
ou em outra era?
Ou será apenas…
doce quimera?
Terei deveras conhecido
o que nunca vejo?
Ah, doce devaneio!
Se a mera palavra
não atesta a outrem
meu real viver,
pois se nem punhado
trago na mão,
do que
vi,
ouvi,
cheirei
da vida
que já nem eu sei
se vivi
ou se sonhei.
Que gritem então,
essas vozes
que outrora amei.
Que me reencontre
esse céu
que me abrigou.
Que me chegue
às arfantes narinas
o cheiro quente
da terra que pisei.
E que possam, então,
austeros provar
a estes
que desdenham
de minha prosa,
que um dia
fui vossa!
Que não foi sonho
meu viver,
que não foi delírio
meu distante amar.
4 comentários:
Realmente quando escrevemos queremos ultrapassar quaisquer barreiras através da nossa própria visão. É uma emoção que pelas quais passamos e que queremos deixar grafada em versos. E são versos que atravessam o limiar do tempo, assim como vivenciamos as palavras de Florbela Espanca, ou Fernando Pessoa e seus heterônomos! Assim é a poesia, o Romance, a música, etc.
Agradeço-lhe para boa companhia entre os nossos blogs.
Um Grande Abraço!
Carmem!Olá!
Claro que acredito em seu belo e saudoso poema!!!
A gente sente saudades de nossas origens e se fechamos os olhos parece que viajamos no sonho!
Somos parecidas em tantos detalhes...eu moro no Rio de Janeiro mas só me lembro,quando preciso de um pouco de alegria, da cidade de Niterói do outro lado da Baía de Guanabara onde nasci e fui muito feliz!
Adoro visitá-la mesmo sem café...
Um beijo e meu carinho!
Sonia Regina.
UM BEIJO
UM SORRISO
E
POESIA
ESPERO-A...
SORRIR
Sorri...
Sorri sempre...
Aproveita...
A Vida...
O Sol...
O Amor...
E vai srrindo...
Olha o belo...
Olha o lindo...
E continua a sorrir...
Faz da vida...
O teu grande sorriso...
Pois é muito bom...
Saber sempre sorrir...
LILI LARANJO
Estava com saudade de ti, Carmem!
Sempre tudo lindooooo aqui!
Um abraço meu!!!
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