Se
me ponho a cismar em outras eras
Em
que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me
que foi noutras esferas,
Parece-me
que foi numa outra vida...
E
a minha triste boca dolorida,
Que
dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate
as linhas graves e severas
E
cai num abandono de esquecida!
E
fico, pensativa, olhando o vago...
Toma
a brandura plácida dum lago
O
meu rosto de monja de marfim...
E
as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém
as vê brotar dentro da alma!
Ninguém
as vê cair dentro de mim!
Lindas palavras de Florbela Espanca, que tão bem traduzem o meu e o teu sentir.
7 comentários:
Amiga Carmem!
Comecei e ler o belo poema e pensei:-Estilo Florbela! e era mesmo...ela é inconfudível e maravilhosa.Fala dentro de nossa alma!
Amei o seu doce comentário lá no blog.Obrigada!
Umm beijo carinhoso!
Sonia Regina
Oi Carmem!
Obrigada pela visita ao meu blog, estou te seguindo aqui também.
Gostei muito do que li!
Beijos!
Oi, Carmen
Amei o poema de Florbela Espanca. Obrigada por seguir meu blog e já estou te seguindo também. Parabéns pelo conteúdo e bom gosto do sei blog e uma Feliz Páscoa!!!
Beijos com carinho.
Em tempo, depois vá conhecer o meu outro blog, acho que você vai gostar pois ele é o meu filho caçula, meu xodó: http://amadeirado.blogspot.com
Carmen querida...
E as palavras que tão bem me traduzem também.
Um abraço grande pra ti minha querida!
Florbela era uma poetisa com bela escrita, mas muitas vezes de baixo astral, como foi sua vida. Aproveito nestes dias de Páscoa, desejar-lhe muita felicidade, extensiva a seus entes queridos.
Oi, Carmem!
Vim retribuir sua visita e agradecer pelo comentário tão gentil que nos deixou. Vejo que temos muito em comum, pois também adoro Florbela Espanca e me identifico muito com as poesias dela.
Bjos ;)
Um belísssimo poema, que chega a ser uma "delícia" de se ler.
Deixo beijos do sul do Brasil !
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