Vai ano, chega ano. Ou será melhor que diga: sai
ano, entra ano? Sai, entra, vai, chega...
Se entra, se chega...que mudança me traz?
Sejamos sinceros!
Sejamos honestos e com os pés bem assentes no
chão! De que vale a nós mortais marcarmos as viragens de ano? O que nos
acrescenta ou retira à vida, ao nosso dia-a-dia, à nossa luta diária pela sobrevivência,
que marquemos dia e hora do fim de um ano e começo de outro?
Até nem nos importaríamos, verdade seja dita, que
o dito ano velho, aquele que vai ou foi, ou saiu, ou foi para onde um
raio o pudesse partir em pedaços! nem nos importaríamos que levasse com ele
tudo de ruim, tudo de menor valor na tabela das mediocridades desta nossa
vida... E que levasse ainda as nossas lembranças, deixando nossa mente e nossa
alma limpinhas que nem bumbum de bebé depois de fralda trocada.
Mas, facto é, que isso não acontece e, não há em
parte alguma do mundo registo de que alguma vez tenha acontecido a alguém.
Mesmo àqueles que às quatro da tarde do dia 1 de Janeiro acordam a jurar que
não lembram nadica de nada do tremendo pileque que tomaram na
noite de passagem de ano.
Pois não!
Podem não lembrar dos desvarios da bebedeira, mas
que não apagam da memória as dores e os registos medíocres da vida durante esse
ano, ai! que isso não apagam mesmo.
E por que razão estar com a lenga-lenga de
prometer a si mesmo, a Deus e ao mundo que é ano novo, é vida nova,
se... vai chegar ao fim do ano que agora entra, e virá a constatação de que a
merda foi a mesma?
A minha vizinha acredita, pois é mulher de fé!
"Vale a intenção! Ano Novo é um
pretexto para uma mudança!"
Sei...........
2 comentários:
É uma pena mesmo que certas coisas simplesmente não mudem, querida...
Mas acredito que dependa muito da gente também!
Bela reflexão... Feliz 2012!
Beijos!!
Passei para deixar meu abraço.
Com carinho, em divina amizade.
Sonia Guzzi
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