Nós somos uma alma marcada por cicatrizes que vamos acumulando no nosso percurso.
Porque as perdas são várias. Algumas marcam bem fundo, como feitas a estilete e, deixam cicatriz que nunca desvanece, porque a dor da perda quer fidelidade e parece ter medo que esqueçamos que ela foi nossa um dia.
Há perdas que semeiam em nós dores que nos fazem chorar baba e ranho durante dias, semanas, meses a fio! e depois, acompanham-nos durante todo o resto da vida. Às vezes, parecem meio adormecidas. Mas apenas até que uma voz, ou melodia, ou um qualquer cheiro as acorde. E aí, acordadas desse entorpecimento do sono voltam a latejar com a força de início e, é difícil tornar a aconchega-las no regaço e fazê-las adormecer.
As nossas perdas, essas, ninguém as sente, nem sofre por nós.
Nada as colmata, a não ser nós mesmos, quando, depois do ranho todo cá fora, inspirarmos fundo e nos vier a vontade de sobreviver.
30 comentários:
Tem razão amiga. Há dores que nos acompanham por toda a vida embora com os anos elas vão sendo mais suaves.
Um abraço e uma boa semana
Lindo texto nostálgico, pois é amiga Carmem, bem como dizes, basta uma melodia e pronto, lá está a dor a remoer a alma, mas é preciso respirar fundo e voltar a viver, ter a alegria da Vida, pois tudo é assim, cada dor ao seu tempo!
Abraços bem apertados!
SI, AL FINAL HAY QUE SEGUIR SIEMPRE ADELANTE!!
ABRAZOS
Há sempre momentos em que as dores adormecidas voltam a acordar. Depois, o correr dos dias volta a anestesiá-las. Ainda bem.
A memória como arquivo da alma nos faz lembrar do bons momentos para se feliz e dos momentos dolorosos para fazer acordar em nós o inventário daquilo que foi de amizade, amor e solidariedade...que são as coisas que devemos fazer valer a pena de viver. O resto é apenas o resto.
Um abraço
Verdade! E quando nos cabe as dores, só nós as podemos sentir! bjs, chica
Como diz Camilo Castelo Branco: Não pulsa um coração debaixo do céu, que não sofra.
Mas sofrer é inevitável... não sofrer, é simplesmente, não viver.
As perdas sempre ajudam a desenvolver a resiliência... e a saber conviver com a pessoa mais difícil deste mundo... nós mesmos... ao enfrentar a dor... e conseguir seguir em frente, apesar de tudo...
Post maravilhoso, Carmem!
Algo que sempre nos toca a todos, mais tarde ou mais cedo...
Beijos! Boa semana!
Ana
Temos que vive-las Carmem e tentar que não pesem o bastante para que nao nos deixe a lamentar, todo o tempo,
Seguir em frente é a ordem _ certas que valeu pela aprendizado que sempre deixa.
Estou sempre respirando fundo ... rs
meu abraço e boa semana.
As dores sao necessarias,é por causa delas que aprendemos a dar valor aos momento de felicidades...
Beijos...
Um belo texto e são as dores que nos fazem crescer e moldam a nossa personalidade.
Um abraço e uma boa semana.
Acredito que só os mais sensíveis possuem a capacidade de ser tocado pela música! abraços
As nossas perdas são as nossas maiores dores. Gostei do texto.
Beijo.
Pareceu-me notar alguns sinais de desanimo.
Mas a vida é, um pouco, assim.
Cada um pensa e si e esquece que os outros também estão presentes.
Tenhamos fé no futuro.
Também se pode ter orgulho das cicatrizes.
Também se pode levantar a cabeça e estar agradecido e sereno por ter sobrevivido à intempérie.
A dor, é sempre uma experiência relativa. Não conseguimos medir a dor do outro, como sabemos que a dor se relativiza quando a vida é mais preenchida por outros factores.
Profundas estas palavras, cheias de sentimento. Mas quem não chora nem ama não vive e antes viver do que vegetar.
Gostei imenso.
Beijinhos
Oi Carmem!
As dores vão e voltam, mas a nossa fé tem que ser firme para suportar esses tristes momentos.
Mas ainda assim...Apesar de tudo, é muito bom viver!
Linda semana Carmem!
Beijos,
Mariangela
Hello. Your works is Superb.
Greetings from Japan. ruma
É uma grande verdade tudo o que você escreveu. Temos que deixar que nos acompanhe já que não conseguimos nos libertar delas, porém, não fazer dela a nossa bandeira, vivenciar mais nossas alegrias para que quando essas dores aprisionadas em nossas lembranças, vierem nos atormentar de saudades tristes e melancólicas tenhamos forças para nos erguer novamente e afugentá-las. "A dor da perda quer fidelidade". Muito verdadeiro isso. bjs.
Marcas que nunca mais desaparecem...
*
Está a decorrer um passatempo no meu blogue. Espero que participes! (:
Músicas, cartas achadas, cheiros sentidos,lembranças deixadas, lugares... fazem as dores da alma despertarem. Mas assim como vêm, logo se vão. Alguma cicatriz deixam, sem dúvidas. É a vida...
Beijos, Carmem!
Realmente, amiga Carmem, existem perdas - tipo a morte de um filho - que marcam de forma tão profunda que são para toda a vida. Um abração daqui do sul do Brasil. Tenhas uma linda semana.
Oi Carmem,
Texto mais que perfeito...
Existem dores que às vezes esquecem de doer,
mas sempre irão nos acompanhar...
Beijos!
Dores, vontade de viver mesmo quando elas parecem encharcar nosso coração.
Lindo texto.
Beijos.
Lindo e formidável texto,concordo com tudo o que está escrito,boa semana,tudo de bom!!
Olá,
um belo texto para refletir e deletar todas as coisas que nos trazem tristeza para viver uma vida feliz, perdoando sempre.
Bjos tenha um ótimo dia.
O primeiro passo para superar a perda é permitirmo-nos sentir. Muitas vezes tentamos reprimir as lágrimas, afastar a dor, e isso é um erro. É preciso chorar, sofrer, e então depois erguer a cabeça e seguir em frente :)
Minha querida amiga um beijinho agradecido por estas suas palavras que me tocaram profundamente neste meu momento difícil.
Fê
Carmem , nossas dores algum dia cicatrizam . E as marcas ajudam a perceber que apesar delas continuamos nossa jornada ainda mais fortes que os machucados que elas provocaram . Gostei muito do texto , como sempre . Um beijo e alegre domingo .
Olá! Adorei o seu blog, os seus textos... É bem verdade que ninguém vive as nossas dores, pelo menos tão intensa e sofridamente como nós.
Já estou a seguir o blog.
Bjs
Isabel Gomes
Tens razão, amiga. As dores (sejam elas de que natureza forem) são apenas nossas e só nós as podemos "domesticar". O carinho e a solidariedade do outro, são um aconchego, mas não conseguem extirpá-las do nosso eu.
Bjo, Carmen
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