30/08/15

O segredo da felicidade




“Tudo o que nos envolve foi criado por Deus, como a terra, o ar, o fogo, os animais, as plantas e as árvores, que é tudo o que precisamos para vivermos e sermos felizes.”

Na nossa sociedade somos, cada vez mais, educados e treinados para o consumismo. Somos uma sociedade que alimenta e venera a posse e a ostentação. Aí reside o estímulo que nos faz vibrar, o combustível, sem o qual nos sentimos incapazes de colocar toda a nossa vida em funcionamento.

Assim, o produto de nosso trabalho não visa apenas a subsistência. Vivemos, qual formiguinha às portas do inverno, na ânsia de açambarcar o máximo daquilo que nos levam a acreditar ser imprescindível para o nosso bem-estar e para a nossa integração e sucesso.

Não vivemos para ser, mas para ter.

O valor do que temos a ditar a importância do ser      somos o que temos.

Sem dar por isso, a sociedade é vítima do próprio progresso, despoletado a partir da revolução industrial e intensificado com o sistema capitalista.

A produção extrapola as nossas necessidades para subsistência. E a necessidade
de escoar, continuamente, produtos e serviços dita a criação de estratagemas tão bem estruturados quanto diabólicos, como a obsolescência programada, em que os artigos são produzidos visando a se tornarem obsoletos num curto espaço de tempo, de forma a levar à sua substituição e, assim, ser mantido um consumo permanente.
E some-se a essa, o marketing que nos faz acreditar que nossas vidas serão muito mais belas e apetecíveis se continuarmos a consumir, mesmo que, na realidade, não precisemos da maior parte do que adquirimos, ou, se parássemos realmente para analisar, talvez preferíssemos uma outra marca à que somos induzidos a comprar.

Desde o que vestimos ao que comemos, passando pelos diversos serviços que usamos, há todo um sistema a fazer de nós marionetas bem manipuladas e, quanto mais manipuláveis, mais convencidos nos tornamos de que somos os top.

Soa estranho? Apetece-lhe gritar-me que não é assim?

Então, ainda não experimentou aquelas bolachas dietéticas com uma carrada de sementes e que têm açúcares para lá de desnecessários, mas negados e bem escondidos acrescentados a manteigas que lhes dão aquele sabor único e maravilhoso, que fazem comer e comer, de forma viciante e, que ao fim e ao cabo, não fazem mais bem à saúde do que o bom e velho pão de farinha escura, mas que a-fulana-e-a-beltrana-lá-do-escritório-e-a-actriz-sicrana-que-tem-um-corpo-jeitoso-que-se-farta dizem que são boas?

Então, o seu filho mais novo ainda não o convenceu de que precisa, DE VERDADE!, trocar o telemóvel (celular) por aquele último modelo-topo-de-gama, que ainda por cima, está na promoção do leve-2-pague-1 e tooooodos os colegas já têm, só ele é que não? 

Haverá, de facto, uma relação directa entre a posse e a felicidade? 
Será que esquecemos da verdadeira essência da vida?

“Só a fuga da sociedade nos pode conduzir à vida”

Há quem encontre felicidade na abstinência do consumo.
Há quem encontre a felicidade a viver com muito pouco. E não, por não poder ter mais. Mas porque não quer  ter mais.
Tão simples assim.

Há um casal a viver numa aldeia transmontana que escolheu deixar sua vida passada para trás: até os nomes de baptismo foram esquecidos. Hoje são Maria Feliz e Feliz. E são felizes.

Produzem tudo de que necessitam para sobreviver:

 “O que exige mais de ti faz-te crescer”

Vale bem a pena ler a reportagem sobre a escolha de vida deste casal que acredita que descobriu o segredo da felicidade:
"Ora et labora" 






34 comentários:

chica disse...

Texto lindo, repleto de verdade e que pena que a preocupação seja maior em TER! Lindo domingo! bjs, chica

Catarina disse...

A felicidade é um sentimento subjetivo, afinal. Mas não depende essencialmente de nós. Depende das circunstâncias e do que/quem nos rodeia.

Ivone disse...

Amiga Carmem, sempre que colocamos nossa felicidade em bens materiais ficamos ansiosos e infelizes, pois se pensarmos bem, nem precisamos de quase nada para se viver feliz e bem!
Ter é mesmo o que faz muitas pessoas se perderem num mundo de insatisfações, tanto é verdadeiro isso que vemos as drogas destruindo milhares de famílias no mundo todo!
Amei seu texto, reflexivo e real!
Abraços e tenhas um lindo domingo!

Gracita disse...

Oi Carmen
A felicidade não é paupável.
Faz parte do subjetivismo e não tem nada a ver com o ter mas a nossa sociedade alardeia o ter como regra para obtê-la e aceitamos a manipulação e esquecemo-nos que para ser feliz basta SER
Uma reflexão perfeita e de grande sabedoria minha querida
Um domingo bem feliz para você
Beijos

luisa disse...

Verdadeiramente, não precisamos de boa parte dos bens materiais de que dispomos. Mas também não nos dispomos facilmente a prescindir deles.

Clau disse...

Oi Carmem,
Muitas pessoas pensam que há
uma 'relação direta entre
a posse e a felicidade, mas seguramente
isso não é verdade.
Li sobre a vida do Casal Feliz!
Fugir da sociedade, trouxe alegria para eles,
mas esse estilo de vida, não funciona para todos...
Ótima semana :)
Beijos!

Helena disse...

Carmem, minha doce e tão querida amiga: a beleza e a profundidade do teu texto levou-me a refletir que por um terno e salutar período pude descobrir o segredo da “minha” felicidade. Uma felicidade tão grande que me fazia imaginar como poderia ser contida num pedacinho de gente, tão pequenino, que mal cabia nos meus braços... A par desta revelação também tive a infelicidade de desvendar o mistério da tristeza profunda, aquela que nos leva a desejar que a vida também nos cesse...
Ah, minha amiga, como é penoso viver o luto, como é doloroso vivenciar a perda...
Não sei de onde consigo retirar forças para abrir os olhos cada manhã, para levantar e iniciar as atividades do dia, mas ainda estou a fazer isto de uma forma quase autômata, movida pelas vozes de incentivo de familiares e amigos que, penosamente, tentam me arrastar para o rol dos vivos... Uma das sugestões para que saísse deste estado de depressão, além do reinício das atividades profissionais e sociais, foi justamente a busca do convívio na blogosfera, de postagens e visitas aos blogs de amigos. E aqui estou eu, depois de tomar conhecimento das mensagens que me foram enviadas, visitando a cada um para agradecer pela solidariedade e conforto manifestados, numa exígua forma de retribuir todo o carinho que me foi deixado. Cada uma que lia me trazia lágrimas aos olhos e um conforto à alma. A tua mensagem, meu anjo, foi uma das que mais me emocionaram, pois tocou num ponto crítico das minhas dolorosas recordações. Li-a tantas vezes! Parecias adivinhar que o “nunca mais” teria realmente um outro fundamento além da tristeza da perda... É um “nunca mais” para um sonho que se extinguiu de forma definitiva... Não há como fugir desta tristeza tão profunda.
Grata, minha linda, por tuas palavras de afeto e carinho, pela solidariedade, amizade e empatia.
Vou procurar, até numa forma de desvencilhar-me um pouco da dor, postar coisas que sejam alheias a este sofrimento que me atormenta a alma... Vou tentar!
Por agora, receba um carinhoso beijo do meu para o teu coração,
Helena

Catarina H. disse...

Olá Carmen, como não concordar com o seu texto?
Tanto me debato com essas questões e vejo (quase) toda a gente à minha volta doida, cega e hipnotizada com este marketing agressivo do ter em vez do ser. E vejo pessoas que têm tudo e mais alguma coisa, duas dúzias de cada coisa, gadgets para falar, ler, fotografar, cozinhar, filmar, e mais sei lá o quê e no fundo (ou não tão no fundo) são uns infelizes. Não são gratos pelo que têm, estão sempre insatisfeitos e estão sempre a olhar para "a galinha da vizinha"... Fúteis e superficiais...
Por isso é que eu busco cada vez mais esse ponto de equilíbrio, o "back to basics", que nos permite ser mais felizes e gratos.
E produzir o que necessitamos é tão satisfatório! É como ter uma horta e colher nossos alimentos. Ou quando se faz uma camisola. É tão recompensador ver o fruto do nosso trabalho, ali. Muito mais do que trocar uns euros por um objecto que toda a gente tem. A minha camisola não é perfeita, mas é minha e não há nenhuma igual :)
Beijinhos e boa semana!

Bergilde disse...

Vive-se a Era do Ter e se dá pouco valor ao Ser,quando deveria ser o contrário. Texto e imagem muito sugestivos para nossas reflexões diárias acerca de nossas ações.Bom dia,abraço fraterno pra ti!

Maria Rodrigues disse...

Excelente mensagem.
Infelizmente cada vez mais o TER parece sobrepor-se ao SER.
Beijinhos
Maria

Ana Freire disse...

Como sempre um texto fantástico, por aqui, Carmem!
E revejo-me em cada uma das suas palavras... esta sociedade formata-nos para vivermos em torno da aparente felicidade que provem das coisas exteriores... tarde percebemos, que é uma felicidade vazia... a verdadeira tem de vir de dentro... não se compra... sente-se!
A falsa felicidade que os objectos nos dão... rapidamente se esgota... no acto da compra, na maior parte das vezes...
Passando por aqui... nos intervalos da falta de net, por estas paragens... matando saudades daqui... e deixando um beijo!...
Tudo de bom, Carmem! Até breve!...
Ana

Guaraciaba Perides disse...

Oi, Carmem...sua reflexão procede e descreve co exatidão os grilhões que aprisionam as pessoas nas malhas do capitalismo selvagem onde a medida do valor de um homem é consumir e ter produtos valorizados de maneira artificial e que nada acrescentam ao seu valor intrínseco... o homem se escraviza e sempre trabalha mais para querer mais e para ter mais que nada
tem a ver com sua realidade mais profunda, num processo ilusório que alimenta a besta fera...um círculo vicioso., Uma armadilha.
Um abraço
,

AdolfO ReltiH disse...

SI MI AMIGA, NOS ENTRENAN PARA CREER QUE LA FELICIDAD ES SER INFELICES, Y LO PEOR DE TODO, TERMINAMOS CREYENDO QUE ES ASÍ...! EXCELENTE TU TEMA.

ABRAZOS

Mariangela l. Vieira - "Vida", o meu maior presente. disse...

Oi Carmem!
Triste época do ter...
Como seria bom se todos fossem verdadeiramente felizes com o que possuem!
Ótimo tema!
Beijos,
Mariangela

Elvira Carvalho disse...

Um texto muito interessante. Eu não sou muito consumista. Por exemplo, já toda a gente tinha TV a cores, mas eu tinha uma a preto e branco, porque ela funcionava bem. Só quando avariou comprei outra. O telemóvel a mesma coisa. Funciono assim. A minha felicidade resume-se no amor da família e no facto de estar viva.
Um abraço

Emília Pinto disse...

Interessantíssimo texto, amiga! O apelo ao consumo entra-nos pela casa dentro, mostrando-nos uma variedade de bens que até confundem a nossa cabeça. Não me considero consumista e nunca compro algo de que não precise realmente, detesto ter a casa "atolada de tralhas" e pt só tenho o "q. b "Foi assim que eduquei os meus filhos, embora reconheça que, pelo menos na fase da adolescência, foi muito dificil evitar que não fossem contaminados pelos anúncios de novos telemoveis, roupas de determinadas marcas, etc, etc. Foi muito dificil, mas valeu a pena, pois creio que hoje, são pessoas controladas que tem o que gostam, procurando estar actualizados, mas sem os exageros que se vê por ai, O problema, amiga, é que as pessoas pensam que nesse "ter está a felicidade;esquecem-se que a felicidade é um estado de alma e que só se consegue com o sentimento de bem-estar, sentimento de paz e consciência do dever cumprido. São só momentos felizes que conseguimos ter, porque a vida é feita de momentos e neles há todo o tipo de emoções que nem sempre controlamos,
Nao vai ser a compra disto ou daquilo que vai mudar o nosso estado de espirito;por momentos isso pode acontecer, mas logo essa sensação acaba e a tristeza que porventura sentíamos volta. Sabes, Carmem tem alturas em que desejava ser diferente, interessar-me mais um pouco por essas "futilidades", porque, creio, nao sei, talvez, nao me sentisse tao inquieta, com aquele sentimento de que algo me falta, de que preciso fazer algo mais que me preencha. Acredito que esse sentimento me assole pelo facto de ja ter cumprido a minha principal missão(criar os filhos) e precise de uma nova que me preencha esse vazio. No entanto, amiga, tenho a certeza que a compra, por exemplo de um computador de ultima geração(o meu é velhinho) não me vai resolver nada. Seria so mais um problem....o que fazer com o velho??? Já chega de conversa, Carmem, pois o aparelhinho não tarda a dizer-que excedi o n. de caracteres. Um beijinho e até breve
Emilia


"

Jaime Portela disse...

Um magnífico texto, que subscrevo inteiramente.
Mas, para mim, o segredo da felicidade é muito mais simples: basta aceitarmos aquilo que somos e temos, sem deixar de querer mais e melhor.
Carmem, tenha um bom resto de semana.
Beijinhos.

Graça Pires disse...

Olá Carmen! Um texto para ler, reler e pensar. O consumismo que se instalou na sociedade que nos rodeia faz esquecer o quanto são importantes os valores que até já vão sendo deturpados... Um beijo.

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, Carmem.
O consumismo é mesmo um caminho perigoso, que leva as pessoas a dar mais valor a tudo que é material, o que é moda, o que é mais caro. Nos dias atuais, os pais já estão preocupados em dar o que existe de melhor aos seus filhos, no campo da tecnologia, por exemplo (os jovens sentem vergonha em falar num celular que não seja da última geração, e assim por diante). Pena que seja assim.
Bom final de semana.
Abraços.

tesco disse...

Não necessariamente fugir do consumo tem que ser
algo tão radical como fugir da sociedade. A socialização
é indicadora do progresso humano que, somente assim,
caminha na solidariedade. Além disso, fugir, nem sempre
significa uma tática de batalha, e o importante é enfrentar.
Conscientização é a arma para essa luta.
Luta dificílima, é verdade, mas que vale a pena.
Beijos.

Ghost e Bindi disse...

Vejo cada vez mais pessoas optando por uma vida mais simples, deixando as grandes cidades para viver com menos pressa, plantando para a subsistência, voltando ao velho estilo de trocas de produtos para conseguir o que precisa. Já repararam que as pessoas nem sabem mais valorar as coisas, não têm mais noção do que um objeto realmente VALE (e não apenas o quanto CUSTA em dinheiro).
Por certo, se a maioria de nós fizer uma varredura em suas casas, verá coisas que muito custam e pouco valem, pois são excrescências que a vida moderna nos atirou em cima, e nós, tontos demais para dizer um basta, com elas vamos empanturrando nossas gavetas e vidas.
Belíssima e útil a sua reflexão, Carmem!
Deixamos um grande abraço

Bíndi e Ghost

Isabel disse...

Gostei muito do seu texto e estive a ver a reportagem do Casal Feliz.
Admiro quem toma tal decisão!
´
Eu sou consumista até onde as minhas posses me permitem. Nunca fui muito ambiciosa e sempre me chegou o que posso ter. Acho que posso considerar-me uma pessoa feliz.

A propósito deste tema, talvez goste de ver o Filme Ser e Ter - um documentário francês. Encontra-o facilmente na Net (o filme completo). Eu tenho-o no blogue, mas não o coloquei todo num só post, está em "episódios". É muito interessante.

Beijinhos e um bom fim-de-semana, Carmem :)

Fê blue bird disse...

Li com toda a a atenção a reportagem do casal Feliz e senti um baque no meu coração, como gostava de ter aquela coragem.
E afinal está mesmo ao nosso alcance.
Obrigada por este momento de reflexão.
Um beijinho com amizade

Unknown disse...

Mangifico e sim , com toda a razão a nossa sociedade vive a cada dia para a ostentação , para o ter e mostrar . Se prensarmos um bocadinho , andamos todos atrás uns dos outros ...

Mar Arável disse...

Entretanto há quem não consuma bens essenciais

por má distribuição dos bens comuns

Teremos de aprender aprender sempre

Bjs

Marta Vinhais disse...

Um texto para reflectir... Vivemos em função do que os outros esperam que sejamos e temos que acompanhar os valores que impõem, caso contrário somos considerados "estranhos, malucos".
Acabamos por ser maus para nós próprios...
Ainda bem que o Casal Feliz para viver a felicidade.
Obrigada pela visita.
Beijos e abraços
Marta

Existe Sempre Um Lugar disse...

Bom dia, sim...somos formatados diariamente para consumir, sentimos a necessidade de o fazer, muitas das vezes consumimos o que é dispensável, somos assim e assim vai continuar a ser.
AG

BIA disse...

Olá Carmem!

Bem verdadeiro o seu texto. O consumismo e o materialismo excessivo é enjoativo e vazio. Lindo o seu blog! Eu amo o sol! Prazer em conhecê-la! Obrigada pela visita em meu blog! Seja sempre bem-vinda! Um ótimo dia! :)

Bjs

Tais Luso de Carvalho disse...

Carmem, "ser e não parecer e nem ter"! É um exercício não querer porque não precisamos. E isso traz uma grande felicidade porque podemos descobrir em nós os verdadeiros valores. Um sapato, uma bolsa de grife, caríssima? Pra quê? Se eu fizesse isso me sentiria uma boba, prestigiando marcas que não levam a nada. Automóveis, casas caríssimas, pra quê?
Amiga, vivemos num mundo falso, valorizamos todas essas bobagens quando deveríamos nos orgulhar do contrário. É a insegurança do ser humano que gera isso que a mídia e as indústrias ficam podres de milionárias às nossas custas.
Muito bom seu texto, penso igual. Aliás, seus textos são sempre verdadeiros.
Beijo!

Cristina Pavani disse...

Olá, Carmem!

Vivemos mesmo nesta ansiedade como se estivéssemos à porta do inverno... E no Brasil nem inverno temos - tudo dá o ano todo.
O aparentar sobrepõe-se ao acalentar. faz-se dívidas desnecessárias para passar noites em claro e paga-se inúmeras prestações por produtos que ao final do pagamento estão obsoletos.
Sou adepta ao maior custo x benefício possível, a mim o capitalismo selvagem não pega tão fácil porque tive infância rural de subsistência e não era menos feliz à época.
Vou já ver o "casal feliz", gente de atitude!

Beijão Brasil

Diana Fonseca disse...

Infelizmente, é mesmo assim.

Manuel Luis disse...

É uma batalha diária para comprar algo de que precisamos, tem açúcar sem eu pedir, é estrangeiro quando temos aqui melhor, o fabricante tem nº e não tem nome, o mel é de abelhas porque deve haver outro. Então se olharmos ao preço do kg e do litro, damos em doidos.
Sou feliz com pouco, gostaria de voltar a beber agua do rio.
Bj

mfc disse...

O consumismo é uma doença dos nossos dias de que não padeço... felizmente.

Odete Ferreira disse...

E porque estou bem por dentro da temática*, posso validar de excelente a tua análise.
Para se chegar ao patamar de resistir ao que nos impingem pelos olhos dentro, é preciso muita maturidade.
Aprecio de sobremaneira as pessoas que largam tudo para viver de outro modo. Eu não teria coragem!

*esta temática fazia parte do currículo escolar (educar para o consumo, o poder da publicidade, educar para o ser, etc); mesmo assim, os professores - fui professora - tinham e têm muita dificuldade em levar as crianças e jovens a assumir que tudo é manipulação; a maior parte dos pais também não sabem dizer não; felizmente que o meu filho nunca foi de modas...
Bjo, amiga :)