Ontem foi Dia Internacional da Mulher.
Dia
envolto em muitas histórias e acontecimentos, defendido em vários
pontos do planeta, de forma distinta, desde finais do século XIX e
oficialmente adoptado pela ONU em 1977. A própria ONU faz da data mote
para divulgar a campanha pela igualdade de género.
Assim, ontem foi dia de homenagear
as mulheres por esse mundo fora, se bem que não exactamente por todos
os países do mundo. E não esqueçamos que, mesmo nos países que adoptaram
o costume de homenagear a mulher, nem todas as mulheres receberam uma
flor ou um trato melhor do que o habitual do seu dia-dia.
Aliás,
arriscaria afirmar, sem medo de errar, que existirão mulheres por esse
mundo afora, quem sabe, até mesmo ao meu lado e à sua beira, que nem têm
conhecimento de que existe um dia marcado no calendário de uma parte
das pessoas, que serve para assinalar a luta pelos direitos da Mulher.
Elas nem sabem que têm direitos.
Por outro lado, se ontem foi o Dia Internacional da Mulher, eu acredito que hoje, apesar de não ser igualmente assinalado, também é dia da Mulher. E amanhã também será, ainda.
Concorda comigo?
Concorda comigo?
Quando os microfones já não estão virados para ela;
quando os sorrisos de data
marcada já não se apercebem de sua presença;
quando as
lojas no shopping já não têm rosas ou
tulipas para lhe estender;
quando o homem com quem
reparte sua vida já não ensaia uma frase bonita ou um beijo na face;
ela continua a viver o seu dia como
Mulher e continua a precisar de respeito e de todos os direitos que um ser
humano deve ter.
E por
falar em direitos... nós, mulheres que, independentemente dos
valores que nossa carteira comporte, estamos habituadas a todas as
comodidades
para a higiene pessoal, apenas ao alcance de uma ida ao supermercado. Não nos imaginamos sem um stock de pensos higiénicos (absorventes) com ou sem abas, finos ou extra-finos, tampões (absorventes internos) com ou sem aplicador, sabonetes e até um gel íntimo daqueles de ph controlado para usufruir de uma higiene que é uma necessidade, ou pelo menos é isso o que defendemos. Isto, se for caso de termos que defender a razão de toda essa parafernália, porque os ditos já fazem parte de nossas vidas de tal maneira, que nem precisamos de nos dar ao trabalho de defender a sua importância e a necessidade deles, a não ser naqueles raríssimos casos em que nos acontece de, por obras do esconjurado esquecimento, nos vermos envolvidas numa situação inesperada e com um stock a zeros e, lá se tem que contar com a boa vontade do namorado, marido ou qualquer outro ser do género masculino para correr ao supermercado ou à loja de conveniência ou ao fim do mundo, se preciso for, para nos providenciar os ditos auxiliadores indispensáveis.
Hoje, já temos essas comodidades como certas e ponto.
Mas existem mulheres e jovens que, simplesmente não têm acesso a pensos higiénicos.
E não. Não têm toalhinhas de algodão imaculadas como nossas avós tiveram.
para a higiene pessoal, apenas ao alcance de uma ida ao supermercado. Não nos imaginamos sem um stock de pensos higiénicos (absorventes) com ou sem abas, finos ou extra-finos, tampões (absorventes internos) com ou sem aplicador, sabonetes e até um gel íntimo daqueles de ph controlado para usufruir de uma higiene que é uma necessidade, ou pelo menos é isso o que defendemos. Isto, se for caso de termos que defender a razão de toda essa parafernália, porque os ditos já fazem parte de nossas vidas de tal maneira, que nem precisamos de nos dar ao trabalho de defender a sua importância e a necessidade deles, a não ser naqueles raríssimos casos em que nos acontece de, por obras do esconjurado esquecimento, nos vermos envolvidas numa situação inesperada e com um stock a zeros e, lá se tem que contar com a boa vontade do namorado, marido ou qualquer outro ser do género masculino para correr ao supermercado ou à loja de conveniência ou ao fim do mundo, se preciso for, para nos providenciar os ditos auxiliadores indispensáveis.
Hoje, já temos essas comodidades como certas e ponto.
Mas existem mulheres e jovens que, simplesmente não têm acesso a pensos higiénicos.
E não. Não têm toalhinhas de algodão imaculadas como nossas avós tiveram.
Para
além de elas viverem em locais em que o acesso aos bens necessários é difícil, os pensos atingem preços muito
altos, chegando a custar quase tanto como o que ganham num dia de
trabalho.
"Estive
numa ilha do Pacífico e achei escandalosos os preços dos pensos
higiénicos. Perguntei a uma mãe com poucos recursos financeiros como é
que ela fazia e ela respondeu: ou gasto dinheiro no autocarro da escola ou gasto em pensos higiénicos" - relata a directora executiva da parceria Saneamento e Água para todos, da ONU (Catarina Albuquerque).
Que ainda acrescenta: "..a
água e o saneamento é um tema pouco sexy. Ninguém gosta de falar de
cocó e de menstruação e de pensos higiénicos. Ficam todos corados e
pouco à-vontade (...) é óbvio que essa é uma das razões da falta de
investimento neste sector. E quando não se fala sobre o assunto, não se
conhece o assunto" - aqui
Em
regiões onde a água escasseia, o saneamento não existe, a fome é
rainha, a necessidade de higiene da mulher e da menina não é considerado
um problema.
Em certas regiões da África e Índia
é habitual as meninas não irem à escola durante o período menstrual
ou mesmo deixarem de a frequentar quando passam a ser menstruadas, assim
como também é habitual algumas mulheres faltarem ao trabalho nesses
períodos.
Tudo por falta de meios eficazes de se manterem limpas.
Tudo por falta de meios eficazes de se manterem limpas.
Em
sociedades em que a mulher já tem tantas lutas a travar para ser
valorizada e respeitada, onde a sua educação é importante também para o
desenvolvimento do país, há quem tente travar o absentismo feminino.
Se quiser, leia a história de uma menina que usava uma folha de jornal e... continue a ler aqui
Se quiser, leia a história de uma menina que usava uma folha de jornal e... continue a ler aqui
E queira saber como, na África do Sul, a consciencialização para esse problema feminino partiu de um jovem rapaz: Richard Mabaso, sensibilizado quando se apercebeu das dificuldades das meninas e resolveu subir o monte Quilimanjaro, na Tanzânia, para conseguir recursos para a ajuda às meninas carenciadas.
Já apoiam mais de 100mil e tencionam apoiar dois milhões de meninas até 2020! - leia aqui
Mas, para não dizerem que eu só falo de coisas trrrrrr de aborrecidas... que tal imaginar
Mas, para não dizerem que eu só falo de coisas trrrrrr de aborrecidas... que tal imaginar
como seria o mundo se os homens também menstruassem? - leia aqui e divirta-se
40 comentários:
Certamente que concordo porque todo dia é nosso dia visto as muitas atribuições que conquistamos e realizamos mesmo sem ainda tê-las conquistado como direito em tudo...Seu texto bem proposto e de forma leve carregado de informação e curiosidades que até então não sabia como a desse jovem mentor de uma grande ong na África do Sul,grata pela excelente partilha e um abraço fraterno desejando também o melhor para você Mulher!
Oi Carmem que ótima partilha.
E todos os nossos dias são dias para serem respeitados, amados, e repletos de boas realizações.
E aproveito para te desejar, muitos e muitos dias felizes!
Um grande e afetuoso abraço,
Mariangela
Pois foi para deixar um
beijo que eu viajei a
esse paraíso.
.
Carmem, grata pela visita e pelo carinho!!!
Bom dia!!!
Ai, Carmen, como penso tantas vezes na problemática que tão bem expuseste! E, tens razão, mesmo por cá, nunca ouvi (podia estar distraída) referir esses produtos (que nos são já tão naturais como comer) para incluir nas ajudas humanitárias que muitas ONG´S prestam aos países desprovidos de saneamento e água... E que dizer das mulheres e meninas refugiadas a viver em campos improvisados???
Parabéns, amiga, pela acutilância da postagem.
Bjo
Olá Carmem!
Feliz Dia da Mulher! Com certeza todos os dias são dias para celebrar as guerreiras que fazem a diferença no mundo, cada dia e minuto é precioso. Fico feliz com sua volta a blogosfera! Boa semana! :)
Bjs
Amiga Carmem, todos os dias são das mulheres, amei ler seu belo texto/reflexão, pois com a vida cômoda das que moram em centros urbanos como eu, São Paulo, Capital, não teria essa inspiração de mostrar a realidade e confesso, lágrimas me vieram aos olhos.
Conheço muitos lugares do meu País, mas sempre fui como turista, sem nem sequer pensar em coisas como nos mostrastes aqui com propriedade!
Tens uma sensibilidade ímpar, confesso que me tocastes profundamente!
Deixo aqui meu maior respeito pela bela e maravilhosa mulher que és!
Abraços bem apertados!
Existem tantas carências por esse mundo fora... que a maioria das pessoas não tem noção... também diga-se de passagem... que muita gente viaja... e continua sem conhecer o mundo... pois aquilo que estará reservado aos turistas... às vezes... é um reflexo do seu mundo... noutro país... que não tem nada a ver com esse mundo...
Um texto brutal, Carmen! Pela qualidade, e talento com que foi feito... obrigando-nos a pensar... fora dos nossos padrões de valores...
E o mundo ocidental... a sua riqueza e valor... assenta na importação de produtos, a baixíssimo custo... em mão de obra feminina... em muitos países... onde a mulher não é mesmo nada valorizada... antes explorada de todas as formas...
Também nunca me apetece assinalar como especial, esse dia... por entender que todos os dias são especiais... para as mulheres... e que após esse dia... tudo fica como antes... não se lhe dando mais... o tal especial valor e respeito que deve merecer...
Quantas mulheres morreram vitimas de violência doméstica, no último ano?...
Quando uma mulher se queixa... ainda se dá o benefício de dúvida ao agressor... ou as autoridades tardam a agir ou intervir...
Acho que não devemos ter direito a flores na mão... nesse dia...
Devemos ter direitos... na nossa mão... todos os dias... e em qualquer parte do mundo...
Adorei o post! Beijinhos, Carmem!
Continuação de boa semana!
Ana
Concordo muito contigo e digo-te mais, nunca pensei dessa forma, sendo que para mim é algo básico e essencial, algo tão simples para mim como ter acesso a esse tipo de higiene...que não penso quantas mulheres pelo mundo fora não têm acesso a tais bens. Fizeste-me pensar.
Você abordou fatos relevantes que não merecem atenção pelos meios de comunicação. Todas as vezes que se voltam para o alto custo de vida, mencionam produtos outros, ignorando esses, também indispensáveis. E sou obrigada a confessar que jamais havia pensado sobre esse assunto. Fiquei a admirar Richard Mabaso, cujo nome não havia lido, anteriormente, em nenhum lugar.
Uma postagem de muita valia, Carmem! Bjs.
Eu também concordo Carmem.
Já participei de inúmeras conversas onde mulheres mais velhas relatavam as dificuldades a que eram expostas todos os meses pois ainda não haviam essas benesses da forma como conhecemos hoje.
Fui tomar conhecimento e refletir sobre essa situação que você tão bem explanou quando fui pesquisar sobre o coletor menstrual que mostra-se uma alternativa para essas meninas tão carentes. Havia inclusive uma ong que a cada coletor vendido, doava um outro para um país africano.
Tanto há para se refletir sobre as mulheres todos os dias...
Beijo
Todos os dias devem ser festejados... Todos os dias há um obstáculo a ultrapassar... E sem que haja, por vezes um sorriso, um abraço... que todos merecemos...
Um texto interessante para reflectir...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Querida Carmem, o seu post é dos mais inteligentes que já li sobre o tema do "dia da mulher".
Damos por garantido tantas coisas que esquecemos que aquilo que achamos banal nalguns países é um luxo.
Desconhecia e nunca tinha pensado no problema que abordou sobre a menstruação.
Realmente há tanto caminho para andar no que toca à igualdade de género.
Adorei o texto sobre se o período também fosse uma “coisa de homens”? :)
Um beijinho grato
Fê
O problema é esse. Um dia de nada vale, se durante o resto do ano não lutarmos pela igualdade e não exigirmos respeito.
Das "homenagens" que li por aqui na blogosfera, devo dizer que a tua, Carmem, foi a que mais me tocou. Ao fugir dos tradicionais Mulher Guerreira, Batalhadora, Empreendedora, Mãe, Esposa, Filha e dezenas de outras designações mais, trouxeste uma questão fundamental em todo este arsenal de qualificações: a mulher pobre, simplesmente assim, e por aí pode se desfilar uma imensidão de direitos a que não tem acesso. Nada ficou a dizer mediante o amplo quadro que tua visão realista nos colocou aos olhos, buscando em remotos lugares exemplos das desigualdades que se processam. Muito há que se louvar no gesto de Richard Mabaso, um homem de incontestável dignidade e senso humanitário.
Ah, minha linda, podes continuar a falar de "coisas trrrrrr de aborrecidas" como estas, para nunca nos esquecermos de que mulher guerreira mesmo é aquela que consegue (sobre)viver num mundo de tantas imperfeições.
Quanto aos homens menstruarem... Acho que vou ler primeiro o artigo que indicaste para formar uma opinião, pois não consigo assim, de repente, nem imaginar. Também, com tempo, quero ver as outras indicações.
Como sempre, tu a nos abrir os olhos para fatos que muitas vezes deixamos passar ao largo. Parabéns pela excelente postagem!
Que sorrisos e estrelas possam estar sempre nas horas dos teus dias,
Helena
Boa noite Carmem...
São tantas e tão absurdas as carências... Que todo dia torna-se dia de muitas lutas...
O seu texto é perfeito, parabéns!
Grata pela generosa visita, abraço.
Olá Carmem,
Foi o melhor texto que li até agora relacionado ao Dia Internacional da Mulher.
É verdade que a maioria das mulheres sequer são agraciadas com um carinho especial neste propagado dia. Muitas, concordo, desconhecem a existência do dia e o seu significado. Há muito ainda a ser feito em prol dos direitos das mulheres e o principal, creio eu, ainda é o respeito.
O que você relata sobre a carência de muitas mulheres nem chega a surpreender. Absurdo que não se dê relevância a determinadas questões relativas à mulher simplesmente porque causam constrangimento. Admirei a iniciativa deste jovem Richard Mabaso. Há pessoas que fazem diferença neste mundo.
Diverti-me com a reportagem indicada, de como seria se os homens menstruassem-rs.
Ótima postagem.
Beijo.
Bom dia Carmem ,
agradeço , muito , a sua visita , e mais , agradeço a partilha de seu óptimo texto .
Todos os dias , de facto , são dia da mulher , porém o ideal seria que todos eles fossem da humanidade , ou até de tudo que vive !
Um beijo ou um abraço , o que preferir , :)
Maria
Belo post!
É realmente um tema incómodo, mas gostei muito da sua abordagem. Dá que pensar.
Beijo
Claro que todos os dias são dias da mulher, já que o tratamento deve ser de igualdade durante o ano inteiro.
O post, mesmo fora do dia, é excelente.
Bom resto de semana, querida amiga Carmem.
Beijo.
Todos os dias são o nosso dia!
Um assunto muito interessante, e sobre o qual nunca tinha pensado. E realmente esse rapaz, Richard Mabaso, teve uma iniciativa fantástica, e que demonstra muita solidariedade e respeito pelas mulheres sem acesso a algo de tão básico como ter os meios que possibilitem a sua higiene íntima.
Todos os dias têm que ser dias da mulher porque tanto está ainda por fazer.
Gostei de ler o artigo "Como seria o mundo se os homens também menstruassem?", e embora em tom divertido, assinala tão bem como tudo seria bem diferente, a demonstrar o tratamento desigual, quase sempre , e neste caso em particular, em prejuízo da mulher.
Um post com cabeça, tronco e membros, e o melhor que li sobre a condição feminina por estes dias em toda a blogosfera.
Parabéns, Carmem.
xx
Bela postagem numa grande partilha de informações que fogem ao conhecimento da grande maioria. Um mundo de lá que as pessoas ignoram ou viram as costas.Um trabalho interessante de apoio às mulheres destes mundos escuros e frios de dignidade humana.Sim amiga, sou dos que defendem que não é preciso criar datas para e sim comportamentos culturais para que haja harmonia e respeito. Hoje temos dias para um monte de coisa, que no dia seguinte é esquecido.
Que bom voce visitar e propiciar minha vinda e já vejo uma dedicação bonita de informação e conscientização.
Gostei e fiquei.
Meu terno abraço de paz e luz.
Desde já um bom e belo fim de semana.
Um excelente post que nos dá a conhecer uma nova realidade sobre a qual quase ninguém pensa. Falam-se de abusos sexuais, de salários diferentes, de menores oportunidades laborais, de muitas outras coisas, mas realmente nunca tinha pensado na higiene feminina. Lembro-me que quando eu menstruei pela primeira vez, minha mãe me deu unas faixas de pano branco e dois alfinetes de ama para as prender às cuecas. Era assim naquele tempo. Não sei se já haviam pensos ou se não os conhecíamos por sermos demasiado pobres.
Um abraço e bom fim de semana
Pois é amiga isto de ser mulher ainda tem muito que ser tratado e de
maneiras muito diferentes em diferentes partes do mundo.
Há aquelas que se queixam com milhentas comodidades e as que sem
comodidades nenhumas nem se queixam.
Mas o ser humano é por natureza insatisfeito.
Eu estou bem amiga, mas não estou com muito tempo para
a Net.
O meu blogue http://sinfoniaesol.wordpress.com
não aceita seguidores, mas aceita comentários.
Se a amiga deixar um comentário fica à espera de aprovação,
depois aparece.
Bjs. e bom fim de semana.
Irene Alves
Olá, Carmen
Dia da Mulher é como o Dia das Doenças Raras, todos nós sabemos que eles existem, mas ninguém faz nada para melhorá-los. Seu artigo é muito abrangente e interessante, muito obrigado pela sua amável visita à minha aldeia encantada :)
Sinceramente, um abraço
Oi Carmen :)
Excelente tema, este, muito bem desenvolvido.
Há questões que na verdade não se falam. Esse dos pensos higiénicos é um deles. Confesso que já me tinha perguntado a mim mesma como é que em locais de extrema pobreza isso funcionaria. Já me tinha questionado se haveria alguma solução. Afinal não há :( Que ainda há muita desigualdade, sim há. E se nós, por aqui sentimos ainda isso, que dizer das mulheres que vivem em locais ditos do terceiro mundo. Mas não será o planeta TODO de terceiro mundo por permitir (e nalguns casos aproveitar, de certeza!) que coisas destas continuem a acontecer?
Ainda há muito caminho a trilhar, até haver um mínimo de equilíbrio. E por isso é que ainda se tem que celebrar o Dia da Mulher.
Celebrar como você fez, chamando a atenção para um tema feminino que por muitos é considerado tabu, apesar de ser tão natural como dar à luz, comer, dormir...
Porque para mim não é celebração do Dia da Mulher ir para uma discoteca ver strip masculino (nada contra...) ou juntar as amigas num jantar de bebedeiras. Porque isso não é celebração do Dia da Mulher, é outra coisa.
Beijinhos e parabéns pelo excelente texto para fazer pensar e abrir consciências.
NO DEJEMOS QUE NOS IMPONGAN UN DÍA DE FELICIDAD.
ABRAZOS
Ótima abordagem, Carmem. Faz refletir :)
Abraço!
p.s.: seu comentário no meu post sobre o ninho de pássaros é por si só uma postagem. Bem escrito, cheio de delicadeza... amei!
Tocou em pontos essenciais.
Sim, um Dia não serve senão para tranquilizar consciências e eu não estou interessada em tal.
Estou em agonia, pois em a Mulher está cada vez mais vulnerável, por estranho que pareça.
No Sudão, a violação das mulheres passou a ser permitida como parte do salário dos militares!!!!!!
Afinal, que Humanidade é esta?!
Tudo de bom
Gostei muito de ler este texto. Todos os dias são dias da Mulher. Infelizmente há tanto por fazer por esse mundo fora. Fizeste uma análise do problema que serve de reflexão a todos os que se interessam por este tema. Muito obrigada.
Um beijo.
Boa tarde, estou totalmente consigo, mais, ontem, hoje e sempre será o dia da mulher, dia que cada vez mais é merecido por vários motivos.
AG
Boa tarde, Carmem, que beleza de texto, foi uma aula altamente instrutiva, rica em detalhes. Fiquei muito triste com o texto sobre a menina que abandonou a escola.Realmente, sabemos que ainda hoje, existem, com certeza, muitas mulheres que ignoram seus direitos e sequer sabem que há um dia, e é dedicado para lembrarmos de tantos progressos por muitas conquistados. Parabéns, pelo belo e rico texto. Abraço!
Não sou fã nem adepta do dia da mulher.
Que importa dedicar um dia , lembrando a mulher se ela é o é sempre todos os dias do calendário . Em vez disso , dêem - lhe condições para não ser escrava de toda uma sociedade para quem ainda é um elemento de segunda classe , salvo raras excepções .
Quanto a menstruação dos homens ...era assunto para uma mesa redonda , Carmen !
Dia da mulher é este levantar de véu . Parabéns !!
Olá querida Carmem!
Há algumas semanas li a respeito de uma associação norte-americana que provê produtos de primeira necessidade para moradoras de rua...entre eles, banhos gratuitos e absorventes. Sempre tentei imaginar como as mulheres que vivem em estado de absoluta miséria fazem durante sua menstruação: seu inteligente e sensibilíssimo texto explicou muito bem. Elas não fazem nada! Precisam parar as suas vidas durante esses dias do mês por absoluta falta de condições. Parece-nos algo medieval...é algo que põe a nu as abissais diferenças que ainda hoje existem entre as pessoas, e os preconceitos velados ou mal velados em relação à condição feminina.
Rezo para que um dia, não mais precise haver o dia da mulher. Só aí então terá caído o último muro que nos separa da verdadeira igualdade de direitos.
Um grande abraço!
Bíndi e Ghost
O fundamental está em seu «post»!
Excelente.
Beijo
Amiga Carmem, li e reli o seu post que relata as verdades acutilantes (embora haja quem as não quer ler) deste mundo em que vivemos. Para mim dia da mulher é todos os dias. Tive que me rir no final. Acho que para os homens menstruarem era o maior drama da vida deles. Beijos com carinho
Olá, passei para te deixar um abraço! Tenha um lindo dia!
Olá Carmem bela partilha; há muito que penso e já
atuei nessas situações tão vulneráveis que em grandes
metrópoles as pessoas nem param pra pensar.
Mas nem precisa ir muito longe pois a situação das moradoras
de rua das grandes cidades para necessidades apesar de existir uma multidão
andando por aí tbm não são das melhores.
E as vezes fico até com vergonha de ver em certos lugares o Brasil colônia sendo retratado. Anos já se passaram mas as telas de Debret ainda são bem
atuais.
Boa semana.
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