Olho-me ao espelho
e não me reconheço.
Eu já não sou quem sou.
Nem sei se sou,
ou sequer sei
o que alguma vez terei sido.
Meu rosto
não é o meu,
meus olhos
não falam do que vêem,
minha voz
é de quem cala,
meus ouvidos
são moucos
às palavras
que lhes querem falar.
Eu não sei quem sou.
Agosto 2011
11 comentários:
Carmem, querida...
Enquanto não sabemos direito quem somos, podemos sempre nos reinventar... e isso é lindo!
Beijos!!
Também me estranho, as vezes...
Jeito lindo de dizer isso.
Bjs, em divina amizade.
Sonia Guzzi
Somos eternos conhecidos do desconhecido.
Cadinho RoCo
Quantas vezes não somos o que somos porque a nossa voz cala o que os nossos olhos vêem...
Excelente poema, gostei imenso.
Tem um bom fim de semana, querida amiga Carmem.
E um FELIZ NATAL.
Beijo.
Olá Carmem,
Penso que passamos a vida tentando descobrir verdadeiramente o nosso 'eu'.
Não é fácil conhecer-se completamente, mas a vida é nossa aliada nessas descobertas.
Lindo e bem construído poema.
Beijo.
As vezes somos tantas... que nos perdemos...
Beijos,Carmem...
Há momentos assim, de dúvidas e incertezas. E transmitiu-nos isso de uma forma tão nítida que nos identificamos com esse estado de alma.
Bom Natal, Carmem.
Bjs
Olinda
Olá, Carmem!
Venho conhecer seu cantinho e também agradecer a visita ao meu KatolaKarambola,és muito bem vinda sempre!
Lindo poema e adorei a sua homenagem ao Tom Jobim...
Tenha uma semana feliz e cheia de luz,beijinhos, Katia.
Pois, às vezes nos deixamos perder e ficamos sem saber quem somos. Mas são, apenas momentos" não tarda estamos outra vez como sempre fomos.
Muita boa mensagem.
🎅🎄🎁🎅🎄🎁🎅🎄🎁
Olá Carmem.
Esta busca de todos nós, desse Eu que nos confunde, que nos habita.
Uma confusão de Eus em nós.
Um lindo poema!
Beijos
Todos temos momentos de questionamento. Faz parte do nosso crescimento em termos de maturidade.
Gostei de te ler, Carmem
Meu bjo :)
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